domingo, 6 de setembro de 2009

Eternos



Li em um texto algo que me fez pensar: "Vivemos como se fôssemos eternos."
Talvez esse seja o nosso maior problema. Acreditamos que sempre haverá um amanhã, que haverá outro dia e outra oportunidade para recomeçar. Insistimos em nos iludir pensando que tudo poderá ser resolvido mais tarde, que amanhã poderemos dar aquele abraço guardado ou dizer aquelas palavras ainda não proferidas. Fazemos planos para amanhã fazermos o que poderíamos fazer hoje. O problema é que não sabemos se teremos mais um dia, mais uma oportunidade.
Fechamos nossos olhos e nos fazemos de cegos, como quem não vê a vida passar, como quem não vê as pessoas e os momentos se perderem de nossas vistas. E nos iludimos acreditando que amanhã tudo poderá ficar bem outra vez, que o que não foi feito hoje poderá se realizar em algum futuro.
Mas nós nada sabemos sobre o futuro, não temos consciência sobre o que nos aguarda. Precisamos viver enquanto é tempo. É preciso agarrar as oportunidades enquanto elas estão ao nosso alcance e estar com as pessoas que amamos enquanto ainda podemos encontrá-las. A vida passa e não espera quem fica para trás, não deixa que ditemos o ritmo: ela determina como soará a melodia, quer isso nos agrade quer isso nos entristeça. É preciso aproveitar a única certeza que temos. É preciso aproveitar o presente, e não viver do passado ou alimentar-se do futuro.
Quando aprendermos a aproveitar e valorizar cada momento, cada pessoa, cada segundo vivido, aprenderemos a ser felizes verdadeiramente e saberemos que o maior presente da vida é o que está diante de nós.

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