terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Paixão não estava nos meus planos.
Aliás, estava nos meus planos não me apaixonar. E a culpa é sua, inteiramente sua.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desapego?

ó, céus, acho que estou surtando, pirando, enlouquecendo. Eu, que nunca imaginei me apaixonar, que comecei essa brincadeira com o intuito único de aproveitar a vida, acabei me apaixonando, aparentemente. O que é isso que está acontecendo? Ei, pé de alface, acabei por me envolver com você. Sei que tínhamos combinado que isso não aconteceria, mas eu não posso evitar, é muito mais forte que eu. Agora, penso em você o dia inteiro. Você é meu primeiro pensamento ao acordar e o último ao me deitar. Eu, tão racional, tão sensata, tão eu, deixei de lado toda a razão, sem nem ao menos perceber, e aqui estou, pensando em você mais do que eu deveria. O que é isso? O que se passa? Eu não sei, pé de alface. E se eu te disser o que sinto? Será que você vai fugir, me ignorar, me abandonar ou ficar comigo? Será que você quer o mesmo que eu ou só quer continuar com nosso "pega mas não se apega"? Pra mim, não funcionou, me apeguei mesmo. Surtei por sua causa. Eu não sou assim, jamais falaria coisas como essas aqui. Cadê minha racionalidade? Caramba, o que foi que me aconteceu? Você, né? Você me aconteceu, pelo jeito.
E agora, o que acontece? O que acontece se eu me apegar? O que acontece agora, que eu já me apeguei?

domingo, 24 de julho de 2011

EM FRENTE

Fui navegar em outros mares. Cansei de esperar acontecer e resolvi fazer acontecer.
Desisti de quem desiste diante do primeiro obstáculo e fui pro lado de quem se agarra às últimas migalhas da última esperança.
Resolvi esquecer-me do mundo e fazer o que eu quero, de uma vez por todas. Cansei de acreditar em quem não crê nem em si e nem nos outros, que não aceita o encanto do dia-a-dia, que não vê a beleza do (aparentemente) simples fato de estar vivo, que não sabe se desnudar diante da vida e abrir um sorriso diante dos sonhos.
Resolvi, de uma vez por todas, deixar para trás tudo o que me atrasa, tudo o que não me faz bem - ou que me faz mal -, tudo o que me machuca e faz com que eu me sinta menor do que já sou.
Fui sorrir pro mundo e ser feliz. Fui me alegrar diante de um pequeno sorriso ou de uma tímida gargalhada, pular obstáculos por meio de uma cama elástica, resolver os problemas com conversas francas, destruir as dores com fortes abraços.
Fui sentir tudo de verdade e com intensidade, acreditar no impossível, sonhar sonhos alheios e me alegrar com as alegrias de quem amo.
Resolvi ser feliz independentemente dos outros, de problemas ou de desvios; estar ao lado de quem me faz sorrir e de quem me faça acreditar na beleza da vida e do amanhã, de quem compartilhe comigo a mágica de assistir um belo pôr-do-sol e que queira passar toda a madrugada acordado, simplesmente pra jogar um boa conversa fora.
Me desfiz de tudo o que me atrasa e que não me faz seguir em frente, daqueles que não podem cantar comigo uma bela canção em voz alta - por pior que seja a voz - ou comemorar mais um dia de vida.
Fui ser feliz e não pretendo olhar para trás. Seguir sempre em frente e acreditar que tudo vale a pena; afinal, como disse o grande Fernando Pessoa "tudo vale a pena se a alma não é pequena".

sábado, 5 de junho de 2010

Reduzi a formas a forma e fui em busca novamente do sonho. Foi preciso me despedaçar, me despedacei. Me desfiz, me despedi, fui-me embora. Não pra Pasárgada, mas fui embora pra chegar lá. Fui sem olhar para trás, pra não correr o risco de querer voltar e me concentrei no que se encontra mais à frente. Foi estranho deixar tudo de lado, foi difícil, mas era preciso. Há sonhos que exigem mudanças, que exigem desprendimento. E fui em frente sem olhar a distância a ser percorrida, sem me preocupar com o cansaço em minhas pernas, ou com qualquer resquício de tristeza no olhar. Porque há mais chão do que cansaço, mais esperança do que tristeza, mais vontade que desespero. E assim sigo em frente.

domingo, 9 de maio de 2010

Água, muita água. Rins funcionando ininterruptamente. Chocolate. Doce de amendoim. Pé de moleque. Paçoca. Mouse de maracujá. Bolacha caseira. Peixe assado. Castanha de caju. Sorvete. Sorvete de maracujá. Sorvete de maracujá com calda de chocolate. Feijão tropeiro. Frio. Chuva. Meias coloridas. Vestidos. Leite. Café, muito café. Capuccino. Canecas. Xícaras. Taças. Vinho. Bolo. Casa. Quarto. Música. DVDs. CDs. Estudar. Ler. Cantar. Dançar. Pular. Falar. Rosca. Suco de maracujá. Maracujá. Melancia. Mexerica. Torta de sorvete. Empadão. Lasanha. Esmalte. Vermelho. Roxo. Verde. Correria. Primos. Família reunida. Cozinhar. Desenhar. Pintar. Bordar. Pensar. Revistas. Livros. Dirigir. Rir. Praia. Piscina. Nadar. Cães. Canela. Pimenta. Saúde. Cérebro. Sangue. Relatividade. Cortar cabelo. Ajudar. Aprender. Ensinar. Sorrir. Leite. Ameixa. Falar. Ouvir. Calar. Andar, andar, andar. Sair para andar. Reencontrar. Rever. Descobrir. Árvores. Eucalipto. Hortelã. Natal. Aniversário. Dia das mães. Páscoa. Observar. Participar. Cajamanga. Frango caipira. Cerrado. Corticeira. Lua cheia. Lua crescente. Perfume. Maquiagem. Rímel. Batom. Amarelo. Azul. Fitas. Laços. Cortinas. Colchão. Óculos. Filmes. Descansar. Inventar. Tentar. Provar. Calmaria. Correria. Pipoca doce. Toalhas. Ficar sozinha. Ter tempo. Não ter tempo. Estetoscópio. Termômetro. Esfigmomanômetro. Eletricidade. Fotos. Relembrar. Rever. Reencontrar. Festa. Mar. Nadar. Sonhar. Imaginar. Banho. Cotonetes. Lavar o cabelo. Pincel. Protetor. Curiosidade. Vida. Viver, enfim.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Déjà vu



Na minha vida, tudo sempre ocorreu rapidamente demais, em velocidades tão assustadoras que acabo por ficar paralisada.
Tudo sempre muito rápido. Creio que, ao receber meu tempo, meu ritmo, fui agraciada com um relógio aparentemente normal. E, aparentemente, esqueceram de me avisar que o ritmo dele é totalmente diferente dos outros, que ele se movimenta tão rapidamente que parece tentar levantar voo.
Os acontecimentos vêm e vão sem que eu tenha tempo para refletir sobre eles. Às vezes, mal tenho tempo para perceber que ocorreram.
É estranho, é maluco, é meio assustador. Mas, ainda assim, não posso deixar de me sentir agradecida. Foi-me levado o tempo, mas foi-me deixada a intensidade de cada momento, de cada acontecimento. Mesmo que eu só consiga pensar no significado de cada vivência quando ela já se tornou passado, muitas vezes até quase distante, essa loucura vale a pena. É tudo rápido demais, mas talvez seja por isso que é tudo tão marcante. Porque passo a compreender que cada gesto, cada olhar e cada palavra têm um significado e uma importância indiscutíveis.
Cheguei a acreditar, por breves momentos de ingenuidade, que o meu tempo havia resolvido não correr tanto, que havia resolvido deixar que tudo ocorresse calmamente, uma coisa de cada vez. Mas, para me despertar, veio uma gigantesca reviravolta, sacudiu meu mundo e derrubou tudo o que eu tinha por certo . Bem típico desse meu tempo desesperado. E agora, mais uma vez, os acontecimentos aparecem e desaparecem em alta velocidade, sem que limites sejam conhecidos, sem que a calmaria possa se aproximar.
É sempre assim, um eterno vai e vem que não volta jamais.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

INTENSO



Mais um ano vai chegando ao fim e todos (inclusive eu) começam com aquela história de "Nossa, esse ano voou", "Nossa, passou rápido demais e eu nem vi", "Ah, ano que vem...", e por aí vai. Velhas reticências conhecidas por nós, repetidas ano a ano. Para o ano que vem não costumo fazer promessas, não gosto disso. O que tem que ser, será, independentemente de promessas, palavras jogadas no vento, desperdiçadas descuidadamente. Não o fazemos por mal; simplesmente nos acostumamos a fazê-lo.
Antes de pensar no que virá, porém, preciso fazer uma retrospectiva do que foi. Quando parei pra pensar em 2009, confesso que me assustei, e acabei pensando em todos os anos anteriores. Não por não ter mais em quê pensar, mas porque percebi que cada ano que passa se mostra mais intenso aos meus olhos. Ao pensar um pouco, sem muito esforço percebi a intensidade de tudo, de cada dia, de cada ano. Foram anos assustadoramente intensos e maravilhosos - mesmo com todas as pedras no caminho.
2009 não foi diferente, mas ainda mais intenso. O primeiro semestre do ano foi terrivelmente ruim, traumatizante - literalmente, tanto que ainda hoje não me recuperei-, assustador; a cada dia eu pedia que as horas andassem mais rápido, mas elas insistiam em se arrastar, até que deixaram de ser teimosas e se apressaram. Foram meses de angústia, de estresse, meses em que apenas sobrevivi. Passaram, graças a Deus. Pelo menos me permitiram criar um forte laço com pessoas que sempre amei, mas que nunca amei tanto.
O segundo semestre, ao contrário, foi intensamente maravilhoso, intensamente intenso. Vieram realizações, sonhos realizados, sorrisos e alegria. Confesso que vivi - e como! Novas experiências, novos locais, novos amigos, grandes descobertas. Nada mais ou menos, tudo com grande intensidade. Pulei, adoeci, melhorei, gritei, sonhei, realizei, aprendi a me aceitar, aprendi a acreditar na vida, nas pessoas e em mim, conheci pessoas intrigantes e pessoas magníficas, descobri de onde sempre virá a ajuda necessária, aprendi a aceitar as pessoas, farreei, loucamente dancei, estudei, festejei, tentei e mais uma vez tentei, aproveitei, aprendi. E foi muito mais que isso. Foi magnificamente intenso. Maravilhoso.
2009 foi um ano péssimo e 2009 foi maravilhoso.
Sem meios termos, sem clichês e lugares comuns, diferente de tudo que eu poderia um dia imaginar, talvez o que eu nunca fosse querer - mas decididamente ótimo.
E agora chego ao final de 2009 mais uma vez confusa - tipicamente eu-, mas segura. Disposta e pronta para lugar pelo que antes deixei se perder no caminho. Disposta a seguir em frente, por mais que as pedras machuquem meus pés durante a caminhada.
E que 2010 possa ser resumido com a mesma palavra que resume 2009: intenso.

Para mim, e para você. E que a vida nos sorria e nos permita sorrir.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Minha frustração

Apenas preciso dizer isso para, quem sabe, aliviar um pouco minha alma sonhadora e frustrada com o que não sou. Talvez um dia eu consiga me livrar disso, talvez não. O fato é que minhas maiores vontades são viver da música e dançar, dançar livre como uma bailarina e com a perfeição de um sapatinho de cristal. Até hoje, nenhum dos dois. Fato.